as lagrimas sao o supremo sorriso

Thursday, May 18, 2006


My world it moves so fast today
The past it seems so far away
And I squeeze it so tight,
I can't breathe

And every time I try to be
What someone has thought of me
So caught up, I wasn't able to acheive

But deep in my heart
the answer it was in me
And I made up my mind to find my own destiny

I look at my environment
And wonder where the fire went
What happened to everything we used to be?

I hear so many cry for help
Searching outside of themselves
Now I know His strength is within me

And deep in my heart
the answer it was in me
And I made up my mind to find my own destiny

And deep in my heart the answer it was in me
And I made up my mind to find my own destiny


The miseducation of Lauryn Hill -1998- (and right now... My own miseducation too. On a tough and hard journey. All on my own...)

Wednesday, May 17, 2006

Essa mania de superioridade celestial


Tão certo como a seguir à manhã vir a tarde e a seguir à tarde a noite cair de mansinho, também nós, pequenos e insignificantes seres deste enorme cosmos, não podemos cair –desta vez aos trambolhões- em recorrentes e semi antiquados erros de análise e julgar (ainda) que homens e mulheres são feitos da mesma massa. Nem pensar. E ainda bem. Apesar de muitos, e especialmente muitas, acreditarem piamente nessa estória da comunicação como meio de compreensão entre ambos os sexos e no relacionamento baseado no entendimento... a verdade é que nós somos a massa folhada e eles...são a massa tenra. Que felizmente nem sempre é tenra, na verdade. E que às vezes até azeda… Noutras ocasiões, no entanto, se tivermos sorte e gostarmos da mistura de sabores e de texturas, acaba até por ligar bem no mesmo prato.

A realidade mostra-me que em poucos anos deixámos de queimar os soutiens na praça pública para usarmos "wonderbras" em sessões privadas e super sensuais. E, ao mesmo tempo, acabámos com aquela coisa horrível de olhar de lado para as mulheres fortes e dominadoras, apontando-as como incuráveis portadoras de genes comportamentais masculinos.

A Mulher já não tem que ficar em casa a tratar dos filhos (apesar de, naturalmente, vir já fabricada com o instinto da protecção familiar, não sei se ponto contra ou a favor) , mas, felizmente, também não tem que sair à rua com ar de cowboy, de perna aberta e a cuspir para o chão para que seja respeitada. Muita coisinha má se pode passar neste mundo, mas a verdade, é que nunca nós, as mulheres da sociedade moderna, estivemos tão bem instaladas.

E agora sim, ao fim de séculos e séculos, a energia da Terra começa a sentir-se! E já não era sem tempo. E numa altura em que nos queixamos por tudo e por nada, é bom saber de cor as diferenças e jogar com elas com sabedoria! Porque de azar morreu a sorte, coitada...

Para quem não sabe, as Mulheres são criadas essencialmente pela força da Terra e os Homens pela força do Céu. E apesar de, num primeiro e rapidíssimo raciocínio, podermos eventualmente pensar que é do Céu que vem o sobrenatural, o espiritual e o sensível e nenhumas destas características atribuirmos sequer ao mais especial dos rapazes, a verdade é que é mesmo lá de cima que vem a sua essência. É a força da gravidade, é a força do raciocínio e da lógica animal que os guia.

Nós, as Mulheres, por outro lado, somos Terra. Somos o mundo vegetal, a força primitiva da família, do coração, da sensibilidade, da generosidade. E são assim mesmo as Leis da Natureza. Por isso, se pensarmos bem, em vez de chorarmos esta dicotomia, só temos que a aproveitar. A nosso favor, claro.

Todos os fenómenos deste planeta nascem desta combinação. Terra e Céu. Yin e Yang. E conseguem-se lembrar de maior fenómeno do que juntar, mexer e chocalhar o que se mostra oposto? Com açúcar ou sem açúcar, não existe manifestação mais inexplicável... De prazer, de dor, de incompreensão, de irritabilidade... de Amor. Depois, é só beber e esperar que não haja uma paragem de digestão.



No caso do Homem, a energia é centrada especialmente na parte baixa do corpo – a sério? Não digam?!-, as zonas que controlam o sexo, o fígado e o estômago. Isso leva-os a ser mais directos, a falar menos, a dispersar o mínimo e a ter um maior poder de concentração. Já as senhoras, centram tudo em cima, ah pois é: o coração liga ao sentimento e à subtileza, a garganta à língua afiada e nunca cansada das meninas e ainda às actividades artística apuradas. Ah e o sistema nervoso é responsável pelo intelecto e pela intuição, ou se quiserem o tal sexto sentido.

Percebe-se agora porque é que elas vão parando em todas as montras e vão comprando tudo o que lhes aparece pela frente e entretanto pensam na hora da natação, no horário da novela e na suposta promoção da empresa. Percebe-se também como é que eles vão direitinhos ao seu ponto de interesse, comprar o tal par de ténis cor de laranja, sem pensar sequer se leva os azuis ou os verdes em vez dos primeiros escolhidos. Não vale a pena discutir ou teorizar sobre o assunto. É assim e acabou-se!

A vantagem de tudo isto? Vejam o lado positivo da coisa. Numa casa em comum, encontra-se sempre o útil e o prático (escondido em gavetas de preferência, tão feio costuma ser) e o estético, inútil e supérfluo (mas que fica sempre bem e qualquer cantinho...). É a perfeição possível numa espécie de Limbo entre o tal Céu e a tal Terra. E é assim que normalmente vivemos. E até gostamos. Às vezes...

Dizia eu que a vantagem da nossa condição, é que ao sermos nós as mulheres, prioritariamente Coração e Intuição, temos conseguido dar a volta e que bem dada volta, aos tais seres que nasceram bafejados com esta tal mania da superioridade celestial. – percebem agora que seja até normal que os pobres se sintam efectivamente assim?... O seu raciocínio direccionado ajuda-os a serem mesmo bons numa coisa ( sim, uma, porque só vão conseguindo fazer uma de cada vez), enquanto que nós, com a facilidade que este grande e fabuloso mundo nos atribuiu de lidar com diferentes situações ao mesmo tempo, vamos mesmo gerindo tudo e mais alguma coisa...até as suas cabeças supostamente coerentes e arrumadinhas.

Agora é só jogar com a sensibilidade e fazer dela uma aliada.

Acabo só acrescentando que enquanto escrevia este texto, ia relendo uma antologia de Yeats que me ofereceu um amigo e pintava as unhas de vermelho. Espero que gostem. Das unhas e do texto.

Monday, May 15, 2006

Onde está o Wally?...


Porque não consigo encontrar a Pureza?

...Porque está juntamente com o Wally. Perdida no meio da multidão.

E nem de t-shirt às riscas encarnada a consigo ver.Nem de perto nem de longe...

Wednesday, May 10, 2006

A Ponte ou a Mais Curta História de Amor do Mundo


A história começa num vale. O vale onde tudo foi criado. As flores e os frutos nasceram da água do riacho, que nasceu do vão da terra esculpido pelas mãos do Poder do Mundo. As hortas nasceram do suor dos lavradores e da chuva que caia nas estações. As casas nasceram do conforto desejado dos bandos . As famílias nasceram da procriação. A comida nasceu pela necessidade de sobrevivência que foi entendida pela inteligência. Que chegou aos poucos… Tudo era possível naquele vale até chegar o amor.

O Amor nasceu também nesta história. Foi assim tudo começou. E acabou. Porque foi a mais curta história de amor do mundo.

O riacho estava a jorrar a água dos dias da cheia e os homens drenavam a transparência em direcção ao campo. Ela seria essencial nos dias de seca. “Temos que equacionar o futuro. Ser previdentes e espertos. A natureza não nos ludibriará!...”.


Ele tinha as mãos encardidas e sabia do futuro. O que queria era só com ele, mas sabia como lá chegar. O rio não tinha uma só margem e ele sabia que havia de o atravessar. Escoava o líquido misturado com a terra para o seu lado direito. Nunca para o esquerdo porque era muito coerente e organizadamente metódico. Pensava no amanhã, tirava só o bom partido do ontem. Apesar do vale estar no seu coração não queria criar raízes. Chamava-se Ambição.

Começou a chuvada. Grossos pingos inundaram ainda mais os caminhos e destruíram o trabalho de dias dos homens empenhados em salvar a sua pequena nação. As mulheres queriam o trigo para fazer o pão e os homens tinham que lhes oferecer a condição.

Confusão maior não podia. Até em auxílio as mulheres vieram. Vieram muitas. À chuva, encharcadas nas suas vestes, mas arrebatadas pela agitação.

Uma delas era Ela. Sem dúvida. Era Ela. Aquela que o fez perder o olhar enquanto a sua mão esquerda se prendeu no chão tentando puxar um torrão. Coração. Ela Ajoelhou-se, então, ao seu lado e começou a ajudar. Os pingos gordos escorriam pela sua face e ele tremeu como vara verde ao vento ligeiro.


“ Pára… Pára com o que me estás a fazer, mesmo sem eu saber o que é…”.
Amou-a. Amou-a tanto que sorriu e chorou num só instante. Gostou da sua pele, do seu cheiro a palha molhada. Gostou do seu olhar e da sua voz quando ela disse: “ Fico?” Ela queria saber se era ainda tempo de o continuar a ajudar. Haviam passado algumas horas e as outras mulheres tinham já abandonado o ribeiro. E ele tremeu. “Quero-te aqui comigo” pensou. Mas disse : “ sim, podes ir. Não tens que ficar mais. Vai descansar.”

A chuva parou. Ainda encharcada ela beijo-lhe a testa e olhou-o na alma.” Sim, é melhor que eu vá, mesmo que não perceba porquê.” Levantou-se, examinou a nódoa negra do joelho e caminhou em direcção à aldeia.

Já de longe, e ele que não sabia ainda nada de nada antes da bátega de água, acreditou que havia perdido o Amor. Mas havia ganho a liberdade, essa era a outra incómoda e séria certeza. E agora, que a via ao caminhar para a sua casa, para a sua vida de sempre, em direcção aos seus sonhos simples e ao seu dia a dia normal, ele sabia que tinha que alcançar o outro lado do rio e fugir do que o assustava. Custasse o que custasse.Tinha que escolher a outra vida e alcançar o desconhecido. Perdera o que nunca tinha tido e sabia-o.

Levantou-se e passado um ano, na estação seguinte tinha construído uma ponte! A primeira de todas. Foi ele o primeiro a rumar. Partiu de memórias às costas e ainda a viu, a ela, nesse mesmo dia, a lavar a roupa na beira enlameada de um dos caminhos que conduziam ao fim da aldeia. Dirigiu-se a ela, abraçou-a e triste disse: “ És muito difícil… Vê-se nos teus olhos… A tua intensidade apoquenta-me”.
Ela deixou cair uma lágrima de açúcar que ele guardou para o caminho. E assim, com esta doçura silenciosa tudo acabou sem nunca ter começado.

O caminho ambicioso mostrou-se lá à frente, a incerteza do Amor ficou para trás. E foi neste vale, que tudo criou e que tudo esqueceu, que apesar de tudo, o Amor acabou por ver nascer as bases da sua fundação.

Monday, May 08, 2006

Elogio ao Amor

Bem, já que ontem me deu para desacreditar a essência do Amor puro , citando a voz do desalento pelo mundo... hoje, peço emprestadas as palavras do grande MEC e ponho-as aqui à vossa disposição com uma merecida vénia. O elogio do sentimento deve ser mantido aceso e ele deve ser vivido a todo o custo.
Este é um dos textos mais verdadeiros, nú e crú, sobre o AMOR nos dias que correm. Como gosto tanto de gostar de algo... decido compartilhar este texto do Miguel Esteves Cardoso com todos os que ainda não o leram. Gostei, survi cada palavra e agradeço-lhe a reflexão. Cá fica... E faço minhas as suas palavras.


"Quero fazer o elogio do amor puro.

Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática.Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido.Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".

O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível.

O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade,ficam "praticamente" apaixonadas.


Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas,farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.

Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia,são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem,tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides,borra-botas, matadores do romance, romanticidas.

Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos.

Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.

Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode.Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.O amor é uma coisa, a vida é outra.

A vida às vezes mata o amor. A"vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.

O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém.Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda quem se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, oamor que se lhe tem.Não é para perceber.

É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder.Não se pode resistir.

A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."


Miguel Esteves Cardoso in Expresso

Saturday, May 06, 2006


"O amor, tal como existe (hoje) na sociedade, não passa da troca de duas fantasias e do contacto de duas epidermes"

Sébastien-Roch Chamfort


E agora, o meu extremamente eloquente comentário: "Foda-se..."

Friday, May 05, 2006

Esta aqui sou eu...


Gosto de escrever. No computador, se for depressa e quase sem olhar para as teclas. À mão, se o fizer em letras redondas, maiúsculas e gordas .

Gosto de receber e procurar todas as coisas fantásticas do mundo através da Internet, sentada no conforto da minha casa e rodeada de almofadas. Gosto de ler a newsletter semanal da “The Kitchen” de Nova Iorque, mesmo sem nunca ter lá estado. Gosto de pensar que lá irei um dia.

Gosto de sonhar a dormir ou acordada. Só coisas boas. Não gosto de pesadelos nem de insónias. Gosto de dormir a sesta com os estores semi-abertos.

Gosto de Arte. De artistas. De ideias e abordagens originais e diferentes, de nichos culturais e de mercado. Não gosto de plágios, de “carneirada”, de conceitos massificados e pouco criativos.

Gosto de cor, especialmente de verde. Mas também das outras quando bem aplicadas e absorvidas. Gosto de estudar Feng-Shui e de tentar entender a energia da Natureza. Gosto do barulho que o vento faz ao bater nos meus caracóis. Gosto dos meus caracóis. Não gosto do frio que me põe invariavelmente mal disposta e doente.

Gosto de me desafiar a mim própria e gosto de levar avante projectos complicados desde que acredite neles. Gosto de me extenuar por propósitos e chegar a casa cansada. Gosto de descansar deitada no tapete verde da sala.

Não gosto de andar de avião apesar de ser uma “cabeça no ar”... gosto, no entanto de lá estar, nos outros destinos. Gosto de conduzir. Especialmente sozinha e com banda sonora a acompanhar. Gosto de pôr música e ver que as minhas escolhas põem os outros felizes. Gosto de ver sorrisos. E gosto de ver lágrimas. No fundo, gosto de sentimentos. Não gosto de frieza e de egoísmo. Afectam-me profundamente.

Gosto de cozinhar e de criar novas receitas. Gosto até mais de cozinhar do que de comer... e gosto que os outros gostem. Gosto de receber. Mas não gosto que fumem em minha casa.

Gosto de aprender. Não gosto de lições de moral. Cada qual sabe de si.

Gosto que me dêem plantas. Não gosto de receber ramos de flores. Enquanto as primeiras estão vivas, as segundas estão já mortas e é só uma questão de tempo até que elas murchem em tua casa.

Gosto de estilo. Gosto de inventar estilos. Não gosto de demagogia e falsa humildade. Gosto da humildade verdadeira.

Gosto de Lisboa. Da cultura urbana. Do Bairro Alto. Do Chiado. Das Sete Colinas. Dos bares, esplanadas e lojas dos circuitos alternativos. Gosto de experimentar diversos tipos de chás e batidos. Não gosto de carne e cada vez menos de peixe. Só o sushi me trai e atrai o gosto. Gosto de açúcar e não gosto nada que ele não faça bem...

Gosto de amar. Preciso. Gosto de mimo. De dar e receber. Não gosto de superficialidade, apesar de ter que a suportar.

Gosto de dançar de olhos fechados. Para não ter que sentir os olhares, unicamente o ritmo que me invade. Gosto de falar por me querer fazer entender. Gosto de partilhar. Não gosto da solidão.

Gosto de acreditar poder fazer a diferença e não gosto de “velhos do Restelo”.

Gosto de chorar, tanto como gosto de rir. Gosto de gostar e gosto de o fazer com intensidade. Não gosto de ter que pensar muito no que não gosto. Se não o fizer, acho
que serei mais feliz.