as lagrimas sao o supremo sorriso

Friday, May 05, 2006

Esta aqui sou eu...


Gosto de escrever. No computador, se for depressa e quase sem olhar para as teclas. À mão, se o fizer em letras redondas, maiúsculas e gordas .

Gosto de receber e procurar todas as coisas fantásticas do mundo através da Internet, sentada no conforto da minha casa e rodeada de almofadas. Gosto de ler a newsletter semanal da “The Kitchen” de Nova Iorque, mesmo sem nunca ter lá estado. Gosto de pensar que lá irei um dia.

Gosto de sonhar a dormir ou acordada. Só coisas boas. Não gosto de pesadelos nem de insónias. Gosto de dormir a sesta com os estores semi-abertos.

Gosto de Arte. De artistas. De ideias e abordagens originais e diferentes, de nichos culturais e de mercado. Não gosto de plágios, de “carneirada”, de conceitos massificados e pouco criativos.

Gosto de cor, especialmente de verde. Mas também das outras quando bem aplicadas e absorvidas. Gosto de estudar Feng-Shui e de tentar entender a energia da Natureza. Gosto do barulho que o vento faz ao bater nos meus caracóis. Gosto dos meus caracóis. Não gosto do frio que me põe invariavelmente mal disposta e doente.

Gosto de me desafiar a mim própria e gosto de levar avante projectos complicados desde que acredite neles. Gosto de me extenuar por propósitos e chegar a casa cansada. Gosto de descansar deitada no tapete verde da sala.

Não gosto de andar de avião apesar de ser uma “cabeça no ar”... gosto, no entanto de lá estar, nos outros destinos. Gosto de conduzir. Especialmente sozinha e com banda sonora a acompanhar. Gosto de pôr música e ver que as minhas escolhas põem os outros felizes. Gosto de ver sorrisos. E gosto de ver lágrimas. No fundo, gosto de sentimentos. Não gosto de frieza e de egoísmo. Afectam-me profundamente.

Gosto de cozinhar e de criar novas receitas. Gosto até mais de cozinhar do que de comer... e gosto que os outros gostem. Gosto de receber. Mas não gosto que fumem em minha casa.

Gosto de aprender. Não gosto de lições de moral. Cada qual sabe de si.

Gosto que me dêem plantas. Não gosto de receber ramos de flores. Enquanto as primeiras estão vivas, as segundas estão já mortas e é só uma questão de tempo até que elas murchem em tua casa.

Gosto de estilo. Gosto de inventar estilos. Não gosto de demagogia e falsa humildade. Gosto da humildade verdadeira.

Gosto de Lisboa. Da cultura urbana. Do Bairro Alto. Do Chiado. Das Sete Colinas. Dos bares, esplanadas e lojas dos circuitos alternativos. Gosto de experimentar diversos tipos de chás e batidos. Não gosto de carne e cada vez menos de peixe. Só o sushi me trai e atrai o gosto. Gosto de açúcar e não gosto nada que ele não faça bem...

Gosto de amar. Preciso. Gosto de mimo. De dar e receber. Não gosto de superficialidade, apesar de ter que a suportar.

Gosto de dançar de olhos fechados. Para não ter que sentir os olhares, unicamente o ritmo que me invade. Gosto de falar por me querer fazer entender. Gosto de partilhar. Não gosto da solidão.

Gosto de acreditar poder fazer a diferença e não gosto de “velhos do Restelo”.

Gosto de chorar, tanto como gosto de rir. Gosto de gostar e gosto de o fazer com intensidade. Não gosto de ter que pensar muito no que não gosto. Se não o fizer, acho
que serei mais feliz.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Romântica Inveterada - é a primeira sensação com que fiquei depois de absorver o teu "mundo".

Como não pude fazer um comentário ao blogue em si, escolhi este por ser o mais sincero e puro dos teus textos. Parece que te estou a ver a escrevê-lo com um brilho nos olhos, como se de uma menina de cinco anos se tratasse... Tão simples, e ao mesmo tempo tão requintado!

Ultimamente algumas lágrimas têm camuflado um pouco esse teu sorriso, mas orgulha-te, pelo menos, de teres inspirado uma outra pessoa a criar o seu próprio blogue. Para alimentar a sua (suposta) veia artística...

Logo falamos...

11:04 AM  

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